Boas Vindas da fotógrafa


É, sei que já estava na hora de crescer e amadurecer profissionalmente e tornar tudo isso mais a minha cara. Podendo assim compartilhar com você leitor, cliente, curioso (a) ou simplismente amante da fotografia, um pouco mais das histórias que tenho pra contar através do meu trabalho como fotógrafa. Não posso negar que estou muito feliz com essa nova conquista!!! Fiquem à vontade para apreciar as fotos, deixar comentários, dar um oi aqui pra mim ou mandar um email para que eu possa te conhecer e quem sabe fotografar você, sua família, amigos …

Sejam muito bem vindos (as) ao meu blog!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Manhã de Inverno



Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.

A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras úmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.

Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trêmulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.

Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.

Machado de Assis, in ‘Falenas’

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